Segunda Temporada

Pedro me olhou e eu olhei pra ele. 

- Que bebê? - ele ainda me olhava

- Vocês não sabiam? Então, meus parabéns. Você está grávida. - o médico sorriu

- Minha mulher tá grávida? - ele olhou pro médico 

- Ah, você é o pai? Meus parabéns. - o médico disse

- Nossa, muito obrigado!! A gente vai ter um filho amor!! - ele abraçou o médico e depois correu pra me beijar

A minha ficha não tinha caído ainda. Meu pai entrou no quarto e perguntou o que estava acontecendo. Pedro correu pra cima dele e o abraçou

- Eu vou ser papai! - ele gritou

- Como assim? Eu vou ser vovô? - Meu pai me olhou

- Vai, cadê minha mãe? A gente precisa contar pra ela!! - ele saiu pelo corredor

Eu olhava aquela cena com os olhos encharcados e a única coisa que eu consegui fazer foi tocar minha barriga.

- Você vai ser mamãe filha. - meu pai passou a mão no meu cabelo

- Porque que eu não sabia ainda pai? - eu o olhei

- É assim mesmo. Mais cedo ou mais tarde você ia descobrir. Minha princesa vai ter uma princesinha. - ele disse emocionado

- Ou um principezinho... - eu tentei quebrar o gelo

- É verdade. - ele disse

Minha madrasta entrou correndo e me abraçou

- Meus parabéns, eu vou ser avó! E você vai ser avô amor! - eles se beijaram

- A mamãe mais linda. - Pedro sorriu me olhando de longe

Eu não sei exatamente o que senti naquele momento, era tudo muito novo pra mim. Eu estava gerando uma vida dentro de mim, um filho meu. Um filho meu e do meu amor, do meu marido. O fruto do nosso amor, o laço que a gente ia ter pelo resto da vida. Estava dentro de mim. 

Ainda com a mão na barriga, me emocionei sozinha ao pensar nisso e sem que eu visse Pedro se aproximou, abaixou até meu rosto e me deu um beijo na testa.

- Obrigado meu amor, nossa família começa aqui. - ele disse no meu ouvido.

Passei aquela noite no hospital. Pedro ficou lá comigo, enquanto eu comia ele falava coisas sobre nosso filho, sobre como ia ser.

- Se for menino, será que ele vai ser jogador igual ao pai? - ele perguntou

- E se for menina, será que ela vai ser uma modelo famosa? - eu ri

- Minha filha vai ser médica. - ele disse

- Ela vai ser o que ela quiser ser amor. Você não vai mandar nisso. - eu disse

- Tá. Se for homem, eu não quero o quarto azul. Quero o quarto do meu filhão verde! - ele disse

- Eu também prefiro verde amor. - eu ri

- Será que ele vai ter o cabelo liso igual ao nosso ou vai puxar um pouco o da minha mãe e do seu pai e ficar com o cabelo cacheadinho? - ele me olhou

- Não sei amor. - eu ri

- Ainda faltam 6 meses pra gente conhecer nosso bebê. - ele passou a mão na minha barriga

- Amor, fala sério. Você acha que eu engordei? - eu levantei

- Não amor. Seu corpo tá a mesma coisa. Você estava comendo mais do que o normal, mas não chegou a engordar. Ainda. - ele me olhou

- Eu vou virar um monstro, vou engordar mil quilos! - eu gritei

- Vai continuar linda. - ele me beijou

- Meus peitos vão inchar, eu vou engordar, vou ficar chata, vou querer comer coisas malucas... Não sei se você tá pronto pra isso. - eu o olhei

- Eu tô pronto pra tudo que envolva você e nosso bebê, para com isso amor. Na saúde e na doença, lembra? - ele me abraçou

Conversamos sobre muitas coisas sobre nosso filho, e eu queria muito ir pra minha casa. Eu não via a hora da manhã chegar e eu ter alta e poder ir pra casa.

- Amor, a gente nem vai poder aproveitar tanto nossa vida de casado.. - eu disse chateada

- Vamos sim, você vai ver. E depois vai ficar muito melhor, vai ter um moleque correndo pela casa. - ele me abraçou

- Ou uma moleca. - eu ri

- É. - ele me beijou

Depois de eu insistir muito, Pedro foi pra casa tomar um banho e prometeu mil vezes que voltaria logo logo pra me buscar. Em menos de uma hora ele já tinha  voltado pro hospital e finalmente quando o médico me deu alta, fomos pra nossa casa nova.

Era uma casa, enorme. Num bairro tranquilo da cidade. Eu disse que eu não queria uma casa tão grande, mas Pedro quem escolheu então eu não tive como reclamar. Minha casa era linda, e eu só me dei conta disso mesmo quando chegamos na porta.

- Então, lar doce lar. - ele me olhou

Ele estacionou na garagem e me carregou até a sala. Eu já tinha uma ideia de como minha casa nova era, eu tinha ido conhecer ela com o Pedro. Quando ele abriu a porta da sala e eu vi aquela casa imensa só pra gente, quis descer do colo dele na hora.

- Não amor, eu tenho que te carregar até o nosso quarto. - ele não me deixou descer

- Tá bom amor - eu ri da cara que ele fez

Ele abriu a porta do quarto e me colocou na cama, em seguida se deitou do meu lado.

- Ufa, enfim em casa. - ele disse

- Você tá cansado né amor? Não pregou o olho a noite inteira.. - eu disse

- Um pouco viu, e mais tarde eu tenho que dar uma passada no clube. Tenho treino hoje a tarde. - ele disse

- Vamos dormir um pouco? - eu o beijei

- Seu desejo é uma ordem. - ele me abraçou

Eu fingi que dormi e quando vi que ele realmente estava dormindo, me levantei e fui fazer algo pra gente comer. Eu queria fazer uma coisa gostosa pra comemorar o nosso primeiro dia em casa, mas não tinha nada na dispensa. Não pensei duas vezes, peguei o carro dele e fui no supermercado mais próximo e comprei tudo que eu tinha direito. O único ruim foi ter que subir com as compras pra casa, mas eu fiz isso sem reclamar porque eu sabia que seria pra uma boa causa.

Fiz a comida preferida dele: macarrão. Aqueles bem caprichados, com queijo parmesão e muito molho. Do jeito que ele gosta. Me deitei na sala e fui ver um filme, quando ele acordou e sentiu o cheirinho de macarrão ele me gritou.

- Amor, cadê você ? - ele disse

- Tô na sala, vem cá amor - eu disse

- Que cheiro gostoso é esse? Será que é a vizinha? - ele perguntou

- É o nosso almoço. - eu pisquei

Corremos pra cozinha, ele estava com muita fome e eu mais ainda. Almoçamos no sofá vendo TV e quando deu a hora dele ir pro treino, resolvi passar na casa da Ana.

- Vai com seu carro amor ? - ele perguntou

- Vou .. Tem problema? - eu perguntei

- Não. Só toma cuidado. Você tá grávida viu - ele me beijou

- Amor, gravidez não é doença. - eu ri

- Tá bom. Só faz o que eu te pedi - ele disse

- Tá bom - eu o beijei

- Te amo princesa - ele entrou no carro

- Também amor! - dei tchau pra ele.

Tomei um banho e me arrumei, eu estava pensando numa forma de contar pra Ana que eu estava grávida. Mas não sabia como. Imaginei a reação dela e comecei a rir sozinha.

Quando cheguei na casa dela, não demorou muito pra ela me atender.

- Ai amiga, que saudade - ela me abraçou

- Preciso te contar tanta coisa. - eu disse

- Você estava passando mal né ? Pedro falou com o Matheus , mas disse que já estava tudo bem. Fiquei preocupada, mas você não podia receber mais visita porque o Pedro ficou lá o tempo inteiro né? - ela riu

- É, tadinho. Não saiu de lá hora nenhuma. Só pra tomar banho. - eu disse

- Ai amiga, eu tenho uma coisa muito incrível pra te contar. - ela sorriu

- Eu também!! Mas o meu é muito importante. - eu disse

- O meu também. - ela riu

- Ai, você tá me deixando curiosa! - eu disse

- Você também. - ela riu

- Fala vai. - eu disse

- Fala você primeiro. - ela disse

- Amiga... - eu fiz suspense

- Fala logo! - ela riu

- Eu tô grávida! - eu disse alto

- Ah, mentira! Eu também! - ela riu

Foi coincidência demais. Como assim ela também estava grávida? Eu só consegui ficar muito feliz por nós duas, que choramos e passamos o resto da tarde falando sobre crianças e como a gente queria que nossos filhos fossem. Meu filho iria nascer primeiro do que o dela, eu estava de três meses e ela de dois. Depois os meninos chegaram e o Matheus ficou super feliz por mim, e o Pedro super feliz por eles. Tudo tinha ficado mais fácil, ter os nossos amigos pra nos ajudar e apoiar na mesma situação era tudo que eu precisava.

Quando já era tarde, passei na casa do meu pai e ele me contou que minha madrasta ia morar com ele. Fiquei feliz por eles, até que enfim não teriam mais eu e o Pedro pra incomodar e acabar com a liberdade deles. Aí sim, eles iam viver felizes mesmo.

Depois fomos pra nossa casa linda, que era pra ser um apartamento mas com a vinda de mais um integrante pra nossa família, Pedro não quis nem discutir isso comigo.

- Amor, os nossos presentes de casamento ainda estão aqui na garagem. A gente podia abrir, né? - ele disse

- É, vou levar alguns lá pra cima. - eu disse

- Não precisa, eu levo. - ele tirou um presente da minha mão

- Amor, tá leve. Deixa que eu levo. Relaxa. - eu ri

- Cuidado amor. - ele respondeu

Carreguei uns presentes e deixei os mais pesados pra ele levar. Quando sentamos na sala e começamos a abrir todos, vimos que eram muitos presentes e de todos os tipos. Tinham acessórios pra cozinha, banheiro, sala, quarto.. Quando abri um e tinha uma lingerie azul bebê eu não resisti.

- Ai meu Deus, eu preciso experimentar isso. - eu levantei e fui no banheiro

Depois que vesti, fiquei olhando meu corpo no espelho. Ainda não tinha mudado nada, mas eu sabia que ia mudar. Eu não queria, mas iria acontecer. Então, aproveitei.

- Olha amor! - tentei andar sexy até a sala

- Nossa senhora. - ele me sentou no colo dele

- Ficou boa né? - eu ri

- Ficou maravilhosa. - ele passou a mão

Aproveitei o clima pra beijar ele e acariciar ele também, e quando o clima esquentou ele se levantou.

- Para com isso amor, agora você tá grávida. - ele disse

- E o que que tem? É só a gente fazer devagarinho. E ainda nosso bebê tá pequenininho amor. - eu beijei ele

- Ah amor, e se machucar ele? Sei lá. - ele me olhou

- Não vai machucar ele amor, relaxa. - eu ri

- Você é louca. - ele disse

- E você é muito desinformado. - eu ri e o beijei

E naquele clima, fizemos um amor gostoso e devagar, de camisinha porque ele ficou com medo de '' sujar '' o nosso filho. Tá, tudo bem. Essa preocupação era pro bem do meu filho e eu entendia isso. Depois dormirmos na nossa cama e eu agradeci a Deus por tudo que tinha acontecido.

A Segunda Temporada de Era Só Meu Irmão continuará sendo postada no tópico na comunidade oficial, e será postada aqui também, logo após a postagem no orkut.